Tendo este blogue 11 anos (11 anos????), acho que me é automaticamente verificado o direito e pertinência de também (há semelhança de 99.99999% das pessoas) fazer / escrever meia dúzia de palavras, que serão o meu vislumbre do que é isto de viver em 2020.
Ás vezes, naquele estado de meia acordada meia a dormir "sonhenso" (palavra da minha autoria que descreve esse acto de sonhar e pensar em sobreposição) que ISTO não está a acontecer na realidade e que esse sentimento que me assola de "mas que raio se passa aqui" é puramente fruto de um filme que comecei a ver e acabei por adormecer a meio. ISTO, é este vírus que apelidaram de COVID 19. ISTO, é estas amarras que em pleno século XXI (o século das liberdades) se impõem. ISTO, é esta brisa de medo, que não é só matinal, este toque de desconfiança permanente, que não é superficial, este sabor amargo constante, que persiste num infindável final de boca. ISTO, é esta realidade surreal que estamos a viver e que sinceramente parece um filme de produzido em 1982 que conta a vida na Terra em 2020.
2020 Virus World Project, seria o nome do filme. E a sinopse seria mais ou menos assim (para trailer, por favor acrescentar jogo de luzes e rufos a gosto):
"Ano: 2020. População Mundial em janeiro: 7.800.100,545. População Mundial em julho: 7.798.200,123. Estimativa para novembro: 7.000.000,000. O Planeta Terra encontra-se grandemente afetado por um vírus que se propagou à escala Mundial. Todos os países têm infeções crescentes, nenhuma comunidade viva se encontra ilesa. O risco de contágio é iminente, imperial e invisível. Todos podemos estar já contaminados, sem sabermos. Todos somos potenciais assassinos. A luta pela sobrevivência, a luta pela cura, a luta pela proteção social, a luta pelo direito de ser livre, vivida em pleno século XXI. As novas rotinas, os novos hábitos, as novas regras sociais e limitações, impostas a uma sociedade mundial habituada a viver em contexto liberal e futurista. O clima geral de desconfiança no seio da população, as suspeitas políticas e económicas de complôs organizados, o apontar do dedo do próprio planeta à super potência China por ser incubadora e potenciadora do vírus e da sua propagação, pela sua histórica e tradicional cultura alimentar que inclui a ingestão de todo e qualquer ser vivo que caminhe de costas para a lua, que comercializa em mercados deploráveis.
Teremos chegado à nova era da Arca de Noé?"
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