quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Blogue... a livre expressão

Vim aqui, hoje, só defender uma pequena idéia que me faz um pouco de comichão no nariz. (e não é do piercing!) Se criamos um Blogue, e porque estas novas tecnologias advindas do pós 25 de Abril nos permitem, é para podermos "falar" do que quisermos e como quisermos. Sem represálias e sem comentários do tipo: "Ah e tal, escreves mal", "Ah e tal, os teus assuntos são tretas" ou "Ah e tal, não há nada na tua cabeça para despejares para um Blogue". O espaço cibernético é infinito, é público, eu pago a minha net, eu criei este espaço e, portanto, eu escrevo o que, como e quando quiser. Esta é a minha livre expressão relativamente ao meu próprio Blogue. A livre expressão e livre qualquer outra coisa consequente é o de as pessoas não quererem ver, não quererem seguir e não quererem comentar. Neste seguimento devo confessar que há um "Ah e tal" que eu não posso deixar de concordar. É o "Ah e tal, mas se tens um Blogue onde escreves o que queres, como queres e quando queres... porque é que anulas e impedes os comentários exteriores à tua própria liberdade de expressão?". Isto sim, não dá para perceber... Se temos o direito de escrever, preservando e sublinhando a nossa liberdade e vontade de expressão, não permitir comentários não será reduzir a esfera de liberdade de expressão do terceiro?

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Dependências da minha alma...

Decidi, agora mesmo, chamar-lhes assim. Identificá-los, catalogá-los e senti-los assim. Os amigos são, decididamente, dependências da minha alma. Longe de mim pensar que vivo bem sem amigos. E repudio completamente a ideia de que a minha alma não necessita de uma outra alma que se poderá chamar de gémea. Eu tenho melhores amigos e não saberia como sobreviver sem eles e sem o conforto que a noção me dá. Já passaram pela minha vida centenas de pessoas. Umas que conheci, por força da acção social e não passou disso mesmo, outras que conheci mais aprofundadamente e que, por isso, tive direito a optar por gostar ou não gostar, ficar ou não ficar. Em alguns casos acabei por "acampar" de forma provisória e depois abalei. Em outros casos, "acampei" e depois fui construíndo um cantinho sólido. Raras vezes, claro, (até porque, quem me conhece sabe que não sou de muitos laços e desconfio sempre de alguma coisa que alguém apresente), nesse cantinho que fui construíndo comecei a pôr bocadinhos da minha própria mobília. São as dependências da minha alma! Como posso achar que não preciso desses refúgios? Tenho os meus melhores amigos que, como todas as relações, requerem tempo, cuidado e dedicação. Requerem paciência, "jogo de cintura" e sinceridade. E às vezes, espaço. Mas este facto, acreditem os incrédulos, nada tem a ver com inexperiência ou inocência... Enfim, coisas da imaturidade e da tenra idade... Já houve muitos cantinhos que abandonei, mesmo já construídos. Recuso-me a "demolir", mas abandonei. E outros mesmo que simplesmente achei melhor nem lembrar que um dia tentei construir. A verdade é que já tive amigos dos quais ainda sinto falta, mas por várias razões limito-me a ficar neste meu canto. Existem outros que me deixaram uma sensação conformação, porque não haveria nada para salvar ou construir. E ainda há outros que nem deveriam entrar "para a estatística". Felizmente, também tenho aqueles que, por entre turbulências e bonanças, persistem e assistem, de bem perto, ao ser do meu ser. Nada tem a ver com ciclos. Os ciclos apenas representam frequências, disponibilidades físicas e interesses momentaneos. Os sentimentos reais, esses, são para sempre. Muitas vezes, quer queiramos, quer não criamos uma dependência na alma.