terça-feira, 28 de julho de 2009

Satisfazer a alma com caprichos

É, de certo, um dos grandes pecados da humanidade. Pode-se encontrar um pouco deste em cada um daqueles "7 Pecados Mortais" com que convivemos diariamente numa jornada de negação... Eu não nego! Um dos maiores prazeres que tenho na vida é de "calar" o grito agudo da alma (xiu... oh escutem...) com caprichos. E nem se quer são muitos. Como sou mulher e, dentro dos parâmetros convencionais, banal, é escusado dizer que por entre estas poucas, mas exacerbadas, "manias" está o impulso de comprar uma peça de roupa cara quando estou realmente chateada. Mesmo, e principalmente, quando a compro com a perfeita noção de que não me vou orgulhar mais tarde. Viajar... também me alivia. Beber Gin Tónico com um quarto de lima espremido e muito gelo (o meu vício feio desde que deixei de fumar)... E... jantar em restaurantes caros! Daqueles que têm belíssimos pratos enfeitados (e para os pratos estarem convenientemente enfeitados não podem ter lá muita coisa a empatar), de sabores fabulosamente... curtos e óptimos vinhos. Como será de imaginar, o cenário descrito implica também todo um ambiente sossegado, seleccionado, de serviço impecável e decoração com pózinhos mágicos. Normalmente de envolvência simples, mas com um "Q" de... qualquer coisa que suga o meu entusiasmo até aos olhos brilharem. Pura fantasia espiritual... Chamo-lhe uma "tara", mas podia ser mais perigoso! É uma "tara" que tenho desde que me conheço. Relembro a empolgação de criança quando os meus pais anunciavam que íamos jantar fora. Na altura qualquer restaurante podia ser, por mim, considerado caro, no sentido do fascínio e não propriamente da "dolorosa" que se anexa. Hoje em dia já os distingo, selecciono e coloco em patamares. A empolgação de criança, essa, permanece intacta. Há quem diga que eu falo de mais - também há quem diga que eu sou tímida e reservada... bah! - e há, inclusivé, quem acrescente que eu para falar em azul tenho que falar de todas as cores do arco-íris... e acho que, de certa forma, se não de todas as formas, têm razão... Eu contextualizo aprofundadamente as coisas. Mergulho-as em pormenores, histórias, divagações... reflexões... Tudo isto para recomendar um restaurante que preenche o top das minhas preferências há anos. Fui lá duas vezes. Não gosto de ir muitas para não gastar os pózinhos de prelim pim pim. Há anos que não vou lá... A propósito de planear uma visita muito em breve, lembrei de recomendar. Chama-se "Douro In" e fica nas margens do dito rio, na Régua. (take a look: http://www.wonderfulland.com/douro-in/#)

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Inauguração...

Inauguração é, sem dúvida, um título um pouco pomposo de mais... mas seja! Já que, de verdade, este texto tem a missão de inaugurar um extenso (esperamos) ciclo de imposição de textos aos meus amigos... vamos chamar-lhe "imposição", uma vez que fiz uma certa chantagem emocional ao ceder abrir uma página assim... Inaugura, igualmente e oficialmente, a minha "exposição" de letras conjugadas e misturadas por entre "rasgos" de vontade de escrever... (e como diria um amigo meu, o HI5 não conta... até porque perdi metade dos textos que tentei lá colocar, por não os gravar a tempo... acho...). E é, hoje, inaugurado este novo ciclo da minha vida que me transporta, de volta, ao templo da escrita, ao vício de deixar impressos os pensamentos, os sentimentos, os atinos e os desatinos. Por isto tudo: "Inauguração". E, agora, devem-se questionar... "Rasgos em Rosa e Cinza", porquê? Fácil... Como disse, só escrevo por "vipes", impulsos, contrações da mente que denomino por "rasgos". Funciono assim na escrita, faceta da minha vida que nem todos conhecem... Sempre me conheci a escrever, sempre me sonhei a escrever, sempre quis escrever e sempre escrevi. Sempre escrevi... de uma forma ou de outra... Posso encontrar rascunhos meus em qualquer lado que possa procurar. Porque, em tempos, qualquer papel passível de ser escrito era preenchido. Não tanto sentada ao computador. Ainda hoje, apesar da maturidade nas novas tecnologias, para mim o papel e a caneta serão sempre a via mais prática e sincera para se transmitir algo. Penso nisto como beber um copo de um bom vinho. Este fabuloso vinho tinto, de cor rubi, macio e de aromas frutados não vai dar o mesmo prazer num copo cilíndrico com fundo de garrafa, bem ao estilo do que se usa nas "tascas"... Por uns tempos anulei a minha vontade de escrever... Ou talvez tenha sido a minha vontade de escrever a anular-se ela própria... Ou a mim... Passei tempos sem escrever nada de muito interesse, nada que me prendesse, nada que puxasse por mim. Veio, então, a época dos "rasgos" em que aproveito momentos (curtos) em que se apodera de mim uma panóplia de sensações e cores e cheiros e... escrevo. Já não "sai" como antes, mas por isso mesmo cedi a fazer desta página, minha. "Rosa e Cinza" porque, certamente, que os impulsos que me irão guiar até este espaço não serão sempre felizes e nem sempre tempestuosos... Há dias em que estamos numa fase de "bom dia, alegria!" e outros em que não nos apetece se quer tentar ser social (mesmo quando vives disso...). Bem, nem tão carregados como o preto, nem tão fantasiados como o vermelho... Depositarei, aqui, "Rasgos em Rosa e Cinza". Por fim, e fazendo desta "Inauguração" já uma espécie de prefácio (para o caso de nunca chegar a escrever um livro, pelo menos um prefácio...), deixo aqui pautada a minha admiração pelo meu amigo, o grande autor de "nuvensdaalma.blogspot.com". Um "obrigada pelo incentivo" à Flor. Apesar da resposta "não está mau" quando a questionei sobre o título do Blog...É sinceras que eu os quero! Um grande Xiii-Coração aos meus pais porque, obviamente, sem o "empenho" deles isto não seria possível (hehehe). E uma mençãozinha ao meu porto seguro, meu tecto sentimental, o meu namorado que verdadeiramente me atura, com e sem rasgos.