quarta-feira, 8 de junho de 2022

(...) III

"Seja qual for a matéria de que as nossas almas são feitas, a minha e a dele são iguais." Emily Brontë


sexta-feira, 13 de maio de 2022

Feliz para sempre...

 Não é tão indefinida a ideia do que a Felicidade é?

Quero dizer... afinal, qual é a definição de Felicidade? É relativo. É muito lato. É confuso. É abstrato. É efémero. É indefinido!

Primeiro ponto, haverá alguém que possa autoproclamar-se inteiramente feliz. Existem momentos, sim. Bons momentos, felizes, em que o sentimento invade o ser e o enche. A sensação é mesmo essa, de felicidade plena... mas é tudo momentâneo... por pouco tempo. Pode durar horas, dias e até meses, mas é limitado e condicionado. Há sempre algum pormenor de luxo que possibilita que todo o contexto brilhe como purpurina e nos ofusque os olhos. Quando esse detalhe deixa de existir, tal qual bola de espelhos, toda a envolvência deixa de ter tanto encanto. E a felicidade suprema esfuma-se... por entre os dedos... num piscar de olhos...

Mas... e a felicidade rotineira, alguém conhece? Alguém pode dizer que é todos os dias feliz? Que tem a felicidade como comparsa?

Belo sonho...


quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Soulmate Place

 

Existe um lugar.... Existe este lugar, que acolhe nos seus pequenos recantos, bem escondidos entre rochedos, fragas e salpicos salgados, todos os meus pensamentos.

lugar mágico
Quando estou bem, penso em como queria poder lá ir! Quando estou menos bem, cabisbaixa, triste ou desanimada, não consigo de parar de me imaginar lá sentada, introspectiva, a olhar o mar, em simbiose perfeita.

Quando preciso de desabafar, expelir controvérsias de mim própria, remeto-lhe os meus sentimentos verbalizados em genuínas palavras que disparam da alma até à mente e lá explodem rumo àquele lugar, que me ouve, me entende e me acalma, e acumula a minhas palavras em si.

 Sempre que o vejo, sinto que me sussurra segredos só nossos, e soa que foi palco de tudo o que lhe confidenciei, de bem longe...

Seria uma bela expressão de Amor, e é, mas nada tem de carnal. É "só" um sítio que se liga a mim por alguma razão que não consigo explicar, e já desisti de tentar entender. É "só" o sítio onde me imagino a envelhecer, mesmo velhinha, enchendo todos os dias os pulmões com aquele ar que penetra e se instala sempre mais um bocadinho como se encarnasse, a ver o sol recolher num derrame de laranja noite, suspirando por um "até amanhã", talvez.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Renovação: a crença...

 A poucas horas deste atípico, mal fadado e esquizofrênico ano terminar, eu, como tantas outras pessoas, decidi parar dois minutos e olhar para trás... tento raciocinar em retrospectiva. Semicerro os olhos.. tento perspectivar o que aí vem...

Este exercício é vão, claro. Não serve para nada! Não vai mudar o que já lá vai. Não me vai realmente mudar para que possa ativamente e conscientemente alterar o que o novo ano vai trazer. Mas é praxe, acho... Faz parte da rotina, e até dava azar se não o fizesse... Pelo menos assim teimo em acreditar.

Tal qual clichê, como resultado destes momentos de inspiração, espremi os pensamentos e interiorizei que a minha felicidade só depende de mim. E que a minha felicidade vai influenciar a dos outros. E isso é, claramente, importante e um ponto a reter, relembrar e reforçar nesta interiorização de última hora.

Alguém me disse, que se eu não conseguir ser feliz comigo, não vou ser feliz com ninguém e "até no meio de uma multidão, não serei feliz". 

Os acontecimentos dos últimos tempos, agravados por este síndrome de pandemia e isolamento familiar e social, cravaram-me sentimentos e sensações de dormência, de "escuro", de insatisfação... Mas o certo é que, tal e qual a todos os que "cá" andam, quero ser feliz! Terei então de começar pela auto conquista...

Esta é, assim, a minha crença para a renovação.

quarta-feira, 22 de julho de 2020

The others...

Aquela sensação esquisita, mas no fundo reconfortante e com a qual convivi a minha vida toda, de que o "mal só acontece aos outros", está-se a desvanecer de uma forma muito inquietante. Queria mesmo ter esse chavão no meu quotidiano, mas cada dia novo que nasce, com o abrir dos olhos, agarra-se a mim cada vez mais, qual sanguessuga, a consciencialização de que nós próprios somos "os outros" dos outros... Eu sou "os outros"!
É aterrador...

quarta-feira, 15 de julho de 2020

2020 VIRUS WORLD PROJECT... o futuro projectado num filme de 1982.

Tendo este blogue 11 anos (11 anos????), acho que me é automaticamente verificado o direito e pertinência de também (há semelhança de 99.99999% das pessoas) fazer / escrever meia dúzia de palavras, que serão o meu vislumbre do que é isto de viver em 2020.

Ás vezes, naquele estado de meia acordada meia a dormir "sonhenso" (palavra da minha autoria que descreve esse acto de  sonhar e pensar em sobreposição) que ISTO não está a acontecer na realidade e que esse sentimento que me assola de "mas que raio se passa aqui" é puramente fruto de um filme que comecei a ver e acabei por adormecer a meio. ISTO, é este vírus que apelidaram de COVID 19. ISTO, é estas amarras que em pleno século XXI (o século das liberdades) se impõem. ISTO, é esta brisa de medo, que não é só matinal, este toque de desconfiança permanente, que não é superficial, este sabor amargo constante, que persiste num infindável final de boca. ISTO, é esta realidade surreal que estamos a viver e que sinceramente parece um filme de produzido em 1982 que conta a vida na Terra em 2020.

2020 Virus World Project, seria o nome do filme. E a sinopse seria mais ou menos assim (para trailer, por favor acrescentar jogo de luzes e rufos a gosto):

"Ano: 2020. População Mundial em janeiro: 7.800.100,545. População Mundial em julho: 7.798.200,123. Estimativa para novembro: 7.000.000,000. O Planeta Terra encontra-se grandemente afetado por um vírus que se propagou à escala Mundial. Todos os países têm infeções crescentes, nenhuma comunidade viva se encontra ilesa. O risco de contágio é iminente, imperial e invisível. Todos podemos estar já contaminados, sem sabermos. Todos somos potenciais assassinos. A luta pela sobrevivência, a luta pela cura, a luta pela proteção social, a luta pelo direito de ser livre, vivida em pleno século XXI. As novas rotinas, os novos hábitos, as novas regras sociais e limitações, impostas a uma sociedade mundial habituada a viver em contexto liberal e futurista. O clima geral de desconfiança no seio da população, as suspeitas políticas e económicas de complôs organizados, o apontar do dedo do próprio planeta à super potência China por ser incubadora e potenciadora do vírus e da sua propagação, pela sua histórica e tradicional cultura alimentar que inclui a ingestão de todo e qualquer ser vivo que caminhe de costas para a lua, que comercializa em mercados deploráveis.

Teremos chegado à nova era da Arca de Noé?"